
Sim, eu estive passando pela transição capilar. Sim, eu fiz o Big Chop. Talvez você não saiba o que é transição capilar, e muito menos o que é big chop. Mas calma! Vou explicar tudinho sobre essa linguagem estranha kk Só que antes, preciso contar a minha história. Então relaxa aí, e vamos lá...
A história que vou contar é sobre meu primeiro alisamento, e todos os anos em que me submeti a química, química e mais química, e nunca estive com uma aparência que realmente me agradasse. Digo, de verdade, sem superficialidade. Não estou dando uma de louca aqui, dizendo que todo esse tempo eu fui uma vítima da sociedade ou whatever. Não. Estou falando que todo esse processo de alisamento era cansativo pra mim. Quero dizer, de três em três meses fazer a manutenção, sempre desestruturando a raiz crescida, para que em poucas semanas ela voltasse a ter uma aparência meio estranha, não valia a pena. Chegava sempre um período em que eu ficava constrangida de sair com aquela raiz alta, e eu nunca soube e nem sei fazer penteados diferentes, ou usar escova e chapinha, e nem mesmo fazia tratamentos no cabelo como deveria. Então para alguém como eu, nunca valeu a pena. Eu vivia levando bronca das pessoas que cuidavam do meu cabelo, mas não adiantava nada kk Tudo que eu passei em relação ao meu cabelo foi por falta de cuidado meu mesmo.
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Até que combina, né? |
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Precisei cortar curto uma vez porque meu cabelo estava muito quebrado devido a falta de cuidados |
Decidi então fazer o permanente afro, o mais parecido com o que eu achava que era os meus cachos, até porque nessa época eu já tinha uns meses de raiz crescida. Essa foi a nova etapa de uma séries de mudanças, e eu passei por tudo isso de acordo com as circunstâncias, a cada decisão que eu tomava, todo o resto era jogado fora. E bem, eu me informei direitinho sobre o permanente afro, encontrei um salão especializado, e na primeira vez que fui lá estava com uns 6 meses sem química. Era o tempo necessário antes de poder fazer o permanente afro, e eu passei por esses meses com uma ansiedade, mas foi tudo tranquilo. Porém - e graças a Deus - por eu ter esperado esse tempo antes de ir, não tive tempo pra cuidar apropriadamente do meu cabelo. Por isso não pude fazer, e tive que fazer uma série de cauterizações antes de voltar ao salão para saber se meu cabelo suportaria o novo processo químico. Fui com aproximadamente 10 meses, e novamente meu cabelo não poderia suportar. E naquela hora que a mulher do salão falou que meu cabelo teve uma melhora mas ainda não aguentaria a química, eu tomei a maior, a melhor e mais louca decisão que eu poderia ter tido. A moça que auxiliava ela ia tirando o produto do meu cabelo, e ela ia falando das opções que eu poderia ter, como colocar tranças ou sei lá o quê, e nessa hora eu só pensava no quanto aquilo não ia servir pra mim, e que o que eu queria mesmo era aproveitar todos aqueles meses que eu aguentei sem quimica, e ir em frente, e abandoná-la de vez. Pra quê gastar com algo que não vai me servir? Pensando nisso agora, eu me senti realmente bem. Estava aliviada, aquilo só era uma forma que eu pensei de passar pela transição sem ter duas texturas de cabelo diferentes. Eu não pretendia ficar fazendo o permanente afro sempre e ser dependente da química outra vez. Foi bem melhor assim.
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Após o Big Chop, não é a melhor foto que eu poderia tirar, mas é que ainda estou acostumando |
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Cortei curtinho pra passar pela transição capilar, esse foi o primeiro BC pra mim. |
Espero que tenha gostado de ler sobre a história do meu cabelo, o texto ficou maior do que eu esperava, e olha que tentei ao máximo ser objetiva. Agradeço a paciência, de verdade. Volte sempre, e deixa um comentário e me segue, se quiser.
Até mais!
1 Comments
OI
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